quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

As Águas

No auge da minha confusão
Basta uma caneta e um papel na mão
As palavras rolam como pedras
Em um rio com pressa
Tentando buscar um sentido
Tão claro que às vezes
Ofusca o enxergar

No alto da inocência
Resta um querer humano
A fuga dos princípios
Da vontade divina
Atenta o coração
Quando fraco
Não resiste ao fácil fingido
Fugindo da verdadeira felicidade

No desfecho deste rio
Existe um cair de águas
De cara com o que é de verdade
Desaguando em duas correntezas
O caminho das águas
Límpido de perdão e esperança
A outra das águas apressadas
Que carrega na pressa da confusão
Sem dizer para onde vai

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Poesia Vivida


Há quem diga que
As palavras não têm vida
Ou que elas não se revelam por si só
Em alguns, medo provocam
Letrinhas que até da dó

Assim, tentando revelar,
Tentando me fazer entender
O meu encanto por letras
Em conjunto, separadas,
Enriquecidas, encabuladas...

Entretanto...
Entre trancos e barrancos
Aqui cheguei
Foram sete escolas nas quais passei
Até engraçado soa
Dá vontade de rir (como eu ri!)

Porém...
Com sede de mudança
Sede de ensinar...
Sedenta pela diferença
Insaciável por acreditar
Sim, eu acredito...

Então...
Assim como uma flor
Se embeleza com a luz
Da mais distante estrela
Na pureza do encanto sonhado
Eu, me revelo assim!

Assim como um cometa
Decidido do seu destino
Também, assim!
Mas sem meu violão nas costas
Não sei pra onde ir...

É...
Uma poesia vivida
Jubilada em família, amigos, amores,
Sons, cores e até sabores
E vêm e vão as rimas tristes, amargadas...
- Ó, Pai! Por tudo, muito obrigada.

Este poema nasceu em uma atividade de descrição da faculdade. Tinhamos que dizer de nós mesmos em algum escrito.

Relógio

Os dias são feitos de 24h
7 deles, uma semana são
Momentos que de passagem vão
No estreito vão dos dias
Que vem e virão

É bom parar
Deixar o relógio em paz
Apreciar o som, o sabor
O amor, a cor, o bonito
Sentir o invisível

O sentimento pairando
Sobre todos e tudo
- Como é bom Te sentir aqui
Ó pai do céu, do mar,
Do amor

Sentir no vento
Os fios de cabelo
Esvoaçantes a brincar
O sabor da infância
Que vem visitar

Para quem deixa
Os ponteiros de lado
E aprecia o viver
Em pequenos espaços dos segundos
Entre um número e outro

Pequena Flor

Me dê um gesto de carinho
Para eu ser feliz
Assim, sorrir para a vida
E ela florir pra mim

Me conquiste
Num ato pequeno
Num olhar, num aceno de mão
Não Preciso de muito sermão

Sou como um botão de rosa
Querendo desabrochar
No jardim divino de meu Pai
Quero água viva
E um raio de luz da fé

Sou pequena flor
De tão grande coração
Agrade-me num ato pequeno
Num olhar, aceno de mão
Não preciso de muito, não

Gosto tanto da canção
Do som de uma boa voz
Me dá vontade de florescer
Mas só de vontade
Bate o coração